quarta-feira, 18 de abril de 2012

AFC ACONTECE HOJE E TERÁ TRANSMISSÃO DA REDE TV



Acontece hoje, sábado, o Amazon Forest Combat, evento que conta com a presença nomes famosos no mundo das artes marciais mistas. Para quem não o conhece, segue abaixo uma excelente matéria feita pelo mma-brasil.com.

O evento no Brasil que mais tem investido em nomes de peso nos cards volta neste fim de semana. O AFC 2, que acontece neste sábado na Arena Amadeu Teixeira em Manaus, Amazonas, traz diversos nomes conhecidos dos fãs, inclusive uma reedição de disputa de cinturão do UFC.

Ex-campeão peso médio da maior organização do mundo, Murilo Bustamante volta à ação na luta principal do evento. Ele enfrentará o americano Dave Menne, de quem o carioca tomou o título do UFC em 2002.
Dois ex-desafiantes de Anderson Silva lutarão no evento. Thales Leites terá a chance de vingar a derrota para Matt Horwich, enquanto o canadense Patrick Côté vai medir forças comGustavo Ximu.
Os combates internacionais seguirão com os meio-pesados Thierry Sokoudjou contra Satoshi Ishii, os leves Ronys Torres e Ferrid Kheder e os meio-médios Daniel Acácio e Josh Burkman.
Depois de perder o UFC para a Globo, a RedeTV! mostra que leva o MMA a sério. A emissora fechou contrato de transmissão do AFC para exibir quinze edições do evento. A primeira será na noite deste sábado para o domingo, a partir de 0:30h, horário de Brasília.

Murilo Bustamante (BRA) vs David Menne (EUA)

O líder da Brazilian Top Team, hoje com 45 anos, foi o primeiro brasileiro a conquistar um cinturão no UFC. Ele atingiu o ponto alto da carreira no UFC 35, há dez anos, quando venceu o adversário deste sábado. Defendeu o título em seguida contra Matt Lindland, num combate em que precisou finalizar o oponente duas vezes, antes de deixar o UFC por motivos financeiros. Murilo tinha cartel de 9-1-1 até então.
O PRIDE era o maior evento do mundo e foi para lá que Bustamante partiu. A mudança acarretou em queda brusca, com vários problemas se acumulando. Ele estreou no Japão contraQuinton Jackson, pelo GP de 2003, com apenas uma semana de antecedência, substituindo o companheiro de equipe Ricardo Arona. Rodeado por contusões, o período pós-UFC lhe rendeu prejuízo no cartel de 5-7.
Faixa preta do mestre Carlson Gracie, campeão mundial de jiu-jitsu em 1999 e do ADCC em 2000, Bustamante sempre mostrou um belo jogo de quedas e jiu-jitsu acima da média. Ele completa o quadro com o boxe alinhado na academia Nobre Arte por Claudio Coelho. Em sua última atuação, em julho de 2010, Murilo vencia o americano Jesse Taylor quando teve que abandonar a luta depois de se sentir tonto por um problema anterior no pescoço.
Menne foi o primeiro campeão peso médio da história do UFC. À época com cartel de 30-7-2, ele conquistou o cinturão no UFC 33 e o perdeu duas edições adiante. Resolveu baixar de categoria e foi derrotado por todos os adversários relevantes que enfrentou como meio-médio: Phil Baroni (que o espancou violentamente em apenas 20 segundos), Josh Koscheck, Hayato Sakurai, Ed Herman e Jake Shields, por exemplo. Este último o derrotou na primeira rodada do lendário torneio do Rumble on the Rock, que contou ainda com as participações de Anderson Silva, Yushin Okami e Carlos Condit.
Wrestler de origem, o americano integrou o muay thai ao seu jogo, mas nunca foi conhecido pelo poder de nocaute. Hoje ostenta retrospecto profissional de 45-16-2. Menne esteve no torneio dos meio-médios da primeira temporada do Bellator, mas acabou atropelado na semifinal.
Há dez anos Murilo dominou Menne no grappling por todo o primeiro round antes de pegá-lo com uma direita no começo do segundo e vencer por nocaute. Porém, pouco daquela luta vai servir como parâmetro para esta.
Nos últimos 50 meses, Bustamante só fez a luta da Austrália, em 2010 (Menne fez cinco no mesmo intervalo de tempo). Envolvido com contusões e o problema no pescoço, já com 45 anos, ele já vai ter méritos só de entrar em boa forma novamente para lutar. Como sempre foi melhor que Menne, não seria nenhum absurdo imaginar nova vitória do brasileiro, desta vez por decisão, depois de controlar os quinze minutos com seu jiu-jitsu.

Thales Leites (BRA) vs Matt Horwich (EUA)

Faixa preta da Nova União, Thales já foi um nome respeitado no UFC. É verdade que ganhou um dos title shots mais injustos dos últimos tempos, mas tinha 5-1 no UFC e 14-1 na carreira quando enfrentou Anderson Silva no UFC 97.
A lamentável atuação na disputa do cinturão, somada à apertada vitória sobre Nate Marquardt, quando o oponente teve dois pontos deduzidos, diminuíram a paciência do UFC com o carioca. Logo após o title shot, Thales teve uma vitória tomada pelos juízes laterais contra Alessio Sakara e foi demitido.
Desde então, Leites ostenta retrospecto de 5-1 e conquistou o cinturão do evento sueco Superior Challenge, vencendo o veterano Jeremy Horn. Sua única derrota neste período aconteceu exatamente para Horwich, adversário de amanhã. A luta, que valia o cinturão do Powerhouse World Promotions, rendeu a única derrota por submissão da carreira de Thales.
Também faixa preta de jiu-jitsu, pupilo de Eddie Bravo na 10th Planet Jiu-Jitsu, Horwich teve uma participação no WEC e outra no Strikeforce antes de chegar à extinta IFL, liga em que se tornou campeão dos médios e o levou ao UFC.
Na maior organização do mundo, perdeu as duas lutas, ambas como meio-médio. Foi para o BAMMA e perdeu a disputa do cinturão para o atual campeão Tom Watson. Conseguiu a zebra sobre Thales, perdeu no Bellator e conseguiu outra zebra, desta vez sobre Jake Rosholt, um dos melhores wrestlers da NCAA de todos os tempos. Perdeu mais três vezes seguidas, inclusive a revanche para Rosholt. Hoje ostenta cartel de 26–20–1, com 3-9 nas últimas doze apresentações.
Thales é maior, mais forte e mais técnico do que Horwich e ainda assim saiu derrotado em 2010. Motivado pela chance de vingar a única submissão sofrida na carreira, o atleta da Nova União deve vencer esta revanche na decisão dos juízes.

Patrick Côté (CAN) vs Gustavo Machado (BRA)

Assim como Thales, Côté foi outro “estranho” desafiante de Anderson no UFC. Com 0-3 em sua primeira participação, foi demitido e posteriormente resgatado no TUF 4, que usou apenas lutadores que já haviam passado pelo UFC. O Predador perdeu a final do reality mas se recuperou e venceu cinco combates em sequência, quatro deles pelo próprio UFC. Depois da duríssima vitória sobre Ricardo Cachorrão, o canadense ganhou o title shot.
A luta contra Anderson foi muito abaixo do nível de uma disputa de cinturão. Muito inferior tecnicamente em relação ao campeão, só restou a Patrick mostrar boa capacidade de absorção de golpes. Sem que Anderson precisasse forçar o ritmo, a luta se arrastou até Côté estourar o joelho sozinho no terceiro round. O canadense ficou um ano e meio parado, mas acabou marcando seu nome por ter sido o primeiro a passar do segundo round contra o Spider.
De volta da contusão, Côté foi derrotado duas vezes seguidas sem vencer um round sequer. Foi demitido e agora possui 3-0 contra concorrência de ex-UFCs pouco qualificados (inclusive o “fujão” Kalib Starnes). Ex-boxeador do exército canadense, Patrick tem 32 anos e cartel de 16-7.
Faixa preta segundo dan da Gracie Barra, Ximu é um veterano de 36 anos que estreou em 2000 no MMA. Apesar de nunca ter lutado no UFC, já enfrentou vários grandes nomes da modalidade. Foi derrotado na final de um torneio do RINGS por Ricardo Arona e na semifinal do Super Challenge por Demian Maia.
Natural de Niterói, no estado do Rio de Janeiro, Ximu já foi campeão estadual de boxe e muay thai, além de diversos títulos em competições de grappling. Foi sparring de Marco Ruas no começo da carreira e já foi chamado para ajudar nos treinos de chão de Georges St-Pierre. Com cartel de 22-8-1, Gustavo vem de 10 vitórias nas últimas 11 lutas.
O combate será duríssimo para o brasileiro. Ximu tem vantagem se conseguir levar o combate para o chão e poderá inclusive submeter o canadense, mas Côté é melhor em pé. Se o Predador lutar com inteligência, controlando a distância e o ritmo da luta, deve vencer por decisão ou nocaute técnico.

Rameau Thierry Sokoudjou (CAM) vs Satoshi Ishii (JAP)

O judoca camaronês teve uma ascensão meteórica no mundo do MMA. Com 22 anos e apenas 2-1 no cartel profissional (foi nocauteado por Glover Teixeira no WEC), estreou no PRIDE contraRogério Minotouro. Mostrando o poder de seus punhos, nocauteou em menos de meio minuto o irmão de Rodrigo Minotauro. Dois meses depois, voltou a surpreender ao atropelar Ricardo Arona. Os nocautes o levaram ao UFC com apenas um ano como profissional.
Sokoudjou bateu de frente com Lyoto Machida logo na estreia. Sem achar o Dragão no octógono, sucumbiu a um katagatame no segundo round. Reabilitou-se em fraca luta contra Kazuhiro Nakamura. Ainda no octógono, o africano perdeu a linha e desafiou Maurício Shogun. Em vez do curitibano, o UFC deu-lhe Luiz Banha, que venceu por nocaute. Demitido do UFC, Sokoudjou passou a disputar torneios sem limite de peso e nunca mais venceu nenhum lutador relevante. Hoje ele ostenta restrospecto pífio de 12-10, vindo de duas derrotas seguidas.
O japonês também é um ex-judoca, mas teve muito mais sucesso na arte japonesa. Ishii foi campeão olímpico em Pequim com apenas 21 anos e era apontado como a principal estrela da principal nação do judô mundial. Trocou um futuro brilhante nos tatames pela possibilidade de ganhar dinheiro no MMA.
Depois de abrir 4-1 como peso pesado, o japonês de apenas 1,81m resolveu baixar de categoria na primeira edição do Amazon Forest Combat, em setembro. Na ocasião, Ishii amargou um empate safadíssimo contra a decadente estrela Paulão Filho, num combate claramente dominado pelo oriental. Satoshii voltou aos ringues em dezembro, quando foi violentamente nocauteado por Fedor Emelianenko.
Imediatamente após esta luta, o japonês foi ao hospital, onde haveria sido diagnosticado um problema cerebral no lutador. Apesar da recomendação dos médicos de abandonar o MMA, seus empresários negaram a informação e Ishii foi confirmado no evento brasileiro. Aos 25 anos, ele atualmente divide seus treinos entre as academias de Rafael Cordeiro e Mark Muñozem San Diego. Além do quinto dan na faixa preta de judô, Ishii é marrom de jiu-jitsu.
Apesar de confrontar dois judocas, dificilmente o combate transcorrerá no grappling, muito por conta do prejuízo que o camaronês deve levar nesta área. Por ter mais pegada, é provável que Sokoudjou tente decidir a luta num hail mary desesperado para não correr o risco de ser finalizado.

Ronys Torres (BRA) vs Ferrid Kheder (TUN)

Natural de Manacapuru, Amazonas, Ronys é um dos melhores pesos leves do mundo dentre os que não estão no UFC. Ele chegou ao maior evento do mundo como um prospecto de alto gabarito, tendo vencido nomes como Diego Brandão, Adriano Martins e Luiz Azeredo. No octógono americano, sucumbiu em duas decisões contra Melvin Guillard e Jacob Volkmann. O primeiro é top 10 da categoria e o segundo nunca perdeu como peso leve em cinco combates no UFC.
A má fase do lutador da Nova União prosseguiu depois da demissão do UFC, ao perder a revanche para Martins. A partir daí, o velho Ronys reapareceu. Em sua corrida desenfreada para voltar ao UFC, Torres venceu dez lutas consecutivas e fará amanhã seu nono combate em um ano. Com apenas 25 anos e cartel de 23-4, o faixa preta de jiu-jitsu precisa de uma boa vitória para ficar perto do retorno ao principal evento do planeta.
O franco-tunisiano é outro ex-judoca de punhos pesados no card amazonense. Companheiro de equipe de Ishii tanto na Kings MMA quanto na Reign MMA, Kheder foi campeão europeu e africano de judô, além de ter conquistado medalhas de ouro em etapas da Copa do Mundo e um sétimo lugar olímpico.
O “Furacão” começou no MMA em 2006, ainda como meio-médio. Normalmente em desvantagem física, o atleta de 1,70m compensa com potência nos golpes e nas quedas. Vindo de uma série de 13 vitórias, uma derrota e um no contest estranhíssimo contra Hermes França (os juízes se enrolaram com o resultado final, que seria uma vitória de Kheder), ele foi convocado para o torneio dos leves da quarta temporada do Bellator. Na estreia, Ferrid protagonizou um papelão ao se recusar a subir na balança na pesagem oficial. Foi expulso do evento e nunca mais venceu uma luta (três derrotas). Atualmente com 37 anos, Kheder tem cartel de 18-8 (um no contest) e é faixa marrom de jiu-jitsu.
Mesmo sendo um confronto de dois atletas que já lutaram de meio-médio, o brasileiro terá vantagem física no combate. A maior potência muscular poderá permitir a Ronys encaixar bem os golpes lançados por Kheder e ajudá-lo na missão de levar o combate para o solo. O veterano, que nunca foi submetido na carreira, pode perder o selinho quando Torres for empurrado pelos conterrâneos amazonenses.

Outros combates do AFC 2

O AFC 2 ainda contará com outros nomes conhecidos no card. Derrotado por Rony Jason na eliminatória do TUF Brasil, Dileno Lopes vai enfrentar o costarriquenho Javier Ocampo pela divisão dos galos. Vice-campeão do GP dos meio-pesados do Jungle Fight, o argentinoEmiliano Sordi vai bater de frente com o veterano da BTT Fabiano Capoani.

Fonte: www.mma-brasil.com

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